Sombras no escuro da noite
Vozes que martelam sem parar
Bem no meio da minha cabeça…
Vultos que me acompanham a todo o lugar
Almas que me perseguem
E os outros…
Os que não vejo… mas pressinto…
O veneno que me querem fazer tomar
Que nas minhas costas derramam
Na comida que mais tarde despejo no lixo…
Fumo mais um cigarro
E outro...
Deito-me sem sono
Não quero dormir…
Levanto-me atordoada
Não sei se é Domingo…
Ou Quarta-feira…
Sou louca… eu sei…
E outra noite já caiu
E as sombras no escuro…
E as vozes que martelam
E os vultos
As almas
Que me enlouquecem…
Não vejo nenhuma luz
Só o escuro...
O negro... a cor da minha loucura!
Poema dedicado a uma alma perdida...Que vagueia pelos escuros e tenebrosos caminhos da inquietante insanidade mental.