Sei que vês a chama, mas ignoras o fogo,
E tudo se consome em cinzas, até o tempo!
Doido anelo sentido, hoje mero contratempo,
E tentas pausar o amor, como se fosse um jogo
Mas de jogo não tem nada, aceita a realidade!
Toma mão do meu destino, envergonhada carícia na pele.
Não temas o que sinto, nem penses que sou cruel!
Nada existe em meu coração, além de amor e saudade…
Sinto-te longe! Mais que meramente distante
Eu! Assim fico, tombado em mim, errante!
Vem dizer-me, mesmo em silêncios que me amas...
Será que ao longe, por mim chamas?
Me revejo no acaso de uma dúvida incessante
E sinto-me como lágrima que nunca aclamas
Paulo Alves