(Não Quero Saber)
Se caiem folhas
Neste Outono febril,
Ou se é Abril águas mil
Não quero saber.
Se o céu está aberto,
Porque o meu espírito está selado
E se estás do outro lado
Para me abrires a porta
Que deixaste cerrar.
Não quero saber.
Se morres de febre,
Ou de um encanto que não possuis
Se morres de amores por outra
Ou se és incoerente
Ou mesmo extravagante
Ou mesmo excêntrico!
Que morras de sede,
A água que me corre nas veias
Há-de fazê-la cessar,
Injectando-te de veneno
No teu coração,
E ele vai parar.
Olha as marés de inverno
(Pára.)
Olha as lajes do verão
(Pára..)
Como o lodo de escuridão
(Pára…)
Que tento atormentar
(De me afogar…)
Limpando-lhe os pingos de sujidade
Só quero deixar o meu amor morrer.
(Morre…)
E tentar visualizar a tua face,
Naquele ar petrificado
Enjoado e quebrado,
Só cheiras a charme e encanto.
Mas eu vou dizer o que nunca disse,
Talvez para nunca mais repetir.
Eu não quero saber.
A minha melhor amiga, disse que amava este.