Gosto do orgasmo
que adio no teu
corpo enquanto
sinto o teu
encaracolar
felino e assanhado.
Entoas uma sinfonia
que tocas a solo
sem pauta
saltando
descontroladamente
entre paixões
que a ti se colam
numa esperança
de erosão, a mesma
que acaricia
os seixos que
lentamente descem
nos rios da minha
imaginação.
Prometi em silêncio
ao teu corpo,
numa linguagem de gestos
contidos,
os orgasmos contínuos,
quase dolorosos,
que morrem à sede
no limite
da exaustão.
E olhar-te
por prazer enquanto
te aguardo
na esquina dos sentidos.
Reflexos