O circo vai pegar
Vai pegar fogo, oh vai!
Entre conversa de vizinhas
A traulitar palavras vãs ao vento
De estendal em varanda em punho
Duas vozes se destacam
Com brandura e com bravura.
Entre flechas de maus humores
E laminas de cacos partidos
O circo está ao rubro
Em tão serena confusão.
Ai! Vai, vai!
Vai mesmo pegar fogo
O circo vai!
Vê-se roupa a navegar ao vento
Pela janela desse aeroporto
Ouvê-se um Não te atrevas
E crack entre as tormentas.
Mais parece um furacão
Em formato de compact disk
Esta tremenda confusão.
Chamem os bombeiros
Que este incêndio está a avivar os ânimos.
Chamem talvez mais os enfermeiros
Que isto já parece zona de guerra.
Olá! O que se passa? Silêncio?
A tenda do circo caiu de vez?
Hum... Afinal não passou
De um simples tempestade
De amores desafinados.
Mas que o circo ainda vai pegar,
Lá isso vai mesmo,
Me cheira que vem aí
Mesmo bem ao longe
Uma cegonha, brevemente.
Ai! Ai! Que o circo vai mesmo pegar fogo!
Ai, que isto vai, mesmo, vai!
Quando esse tempo chegar!
P de BATISTA
O circo vai pegar fogo.
Qualquer dia a tenda vai abaixo.
Já não há circo, porque o urso está constipado.
Mantou-se uma tenda de circo.
São expressões no mínimo curiosas, não são?