Quedam-se, nos frágeis punhos,
Entorpecidos carpos...
E nas mãos, tão sem pele!
Vão-se oblíquos metacarpos...
No hospício,
O vento uiva tristemente na janela...
E sobre um castiçal,
Vais bruxuleando em tímida vela!
Iluminas no ocaso,
O que restou do passado!
Um esqueleto!...Sim!
Num esqueleto saltas do armário!
Num crânio pendes a descoberto...
E no tempo, embranquecido!
Vais-te numa mandíbula,
Tão tímida, sorrindo!
E assim, na penumbra da luz!
Balançando em delicada cadeira,
Sorris, displicentemente,
Numa graciosa caveira...
(® tanatus - 10/03/2009)
há de se ver graciosidade até numa caveira...