Largo o porto, zarpando devagar
Nessas ondas que me embalaram
E nessa maré poderei, de novo, navegar
Ondulando e saboreando a Liberdade do mar
Essa luz piscando no farol se despede
E a ronca afasta o nevoeiro que se interpõe
Entre ele e os meus olhos que saboreio numa pinga
Qual estalactite gelada que acorda os sentidos
E cavalgo decidido meu barco velho e fiel
Deixando de remar indo na corrente que passa
E me levará a algum outro lugar de abrigo
Qual baía ou rio, ou foz calma de outro mar
Decididamente deixo de olhar para trás
E foco nas estrelas a atenção e encontro a direcção
Seguindo para Sul, para águas quentes, serenas,
E deixo-me adormecer, agasalhado,
Esperando chegar e não ter de voltar a partir