Poemas -> Amor : 

CANTO COTIDIANO

 

Que beleza
Eu aqui sentado frente a natureza

Que tristeza
Se eu pudesse cantar o sorriso da alegria

Que frieza
Existe nos momentos quando eu sofro

Que maldade
Estampada nas pessoas que se matam

Essa vida é uma graça, sempre foi assim
A menina passa, a esperança chega e o dia vem
Mas prá que a vida, se um dia será o final
Mas prá que a sorte, se a morte é o limite fatal

Olha o homem buscando quebrar essa condição
Atirado ao chão de copo vazio
De cara na lama, vivendo esse parco drama
Em plena praça entrega o corpo de graça pagã

Que maldade
Esse homem entregue aos homens sem caridade

Que verdade
Vai morrer nessa boca sem vaidade

Que mudança
Há no peito do homem em desconfiança

Que esperança
manter a razão essa longa espera

Ah! Se não fosse a força do desejo
Na certeza desses passos, olhando pro céu
Todo amor teria se acabado e por final
Só restaria a saudade nos homens de agora

Que beleza – Se o tiro morresse!
Que ternura – Se o amor sobrevivesse!
Que maldade – Se todo o riso secasse!
Que saudade – Se o passado acabasse!



José Veríssimo

 
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veríssimo
 
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