Caio aos pés da alma, vida em ruína
Não sei quem sou, nem quem fui antes
De ter sentido estas sensações palpitantes!
Nem sei como me livrar desta triste sina
Passa incógnita a centelha que não ilumina
A razão…Paixões partiram nunca triunfantes!
Ficaram sempre as dores mais perseverantes
Esparsas até nos restos que a intenção culmina.
Sinto-me estranhamente ávido de anseio!
Será a demência que assim me declina?
Poderá ser amor, o que no peito ainda enleio?
Caio aos pés da alma… Ela, piedosa se inclina
Me colhe em seus braços, me encosta em seu seio!
Já nem sinto tão triste a minha sina!
Paulo Alves