Não me vejo dentro de mim
nem dentro de lugar algum.
Sepulto-me com esta dormência
que o ópio da tua ausência
me alastra de abandono...
Firo-me no vício do drama
como se o pranto desta doença
me desse o sustento que baste
para transladar-me a vida
no âmbar da tua lembrança.
Não posso olvidar-te,
não consigo esquercer-te,
não quero estar longe
e perder-te!
Tenho o meu destino
num horizonte de cheiros
a transbordar de saudades tuas!
Volta depressa, amor!
Volta depressa...