Num belo sábado à noite
Estava dentro de um bar
Devia ter levado um açoite
Não sair para me embebedar
Bebi um copo depois outro
Não conseguia parar
Já estava todo torto
Quase a cambalear
Qual foi meu espanto
Ali bem juntinho a mim
Uma loira num canto
Com cara de marfim
Olhou-me de alto abaixo
Com olhar de matador
Disse Hei! pagas-me um copo
Que eu vou afogar a tua dor
Senta-mo-nos ela e eu
Dois wiskis mandei vir
De um só trago ela bebeu
Disse pode vir outro a seguir
Bebemos um depois outro
Começou-me apalpar
É pá tás todo torto
Mas eu vou-te endireitar
a beleza é supérflua,
a verdadeira, os olhos não a vêm!