Mordisca-me a madrugada Num gemido sedento Demoradamente... Desenha-me palavras de terra molhada E sopra-as ao vento Vagarosamente.
Deixa que naveguem rio fora E pelo leito (do teu corpo) desçam Demoradamente... Até que chegue a aurora E no nosso pomar os frutos, nasçam Vagarosamente.
Mordisca-me a boca Com sussurros do teu sabor Demoradamente... Da linha da pele, apaga-me a roupa E cobre-a com o corpo, que o corpo quer Vagarosamente (Faz-me sentir ainda mais Mulher!)