Contam-se os ossos à alma
de tão magra o seu viver,
pobre alma assim
tão mal vestida
tão sem vaidade,
com os olhos vazos
a pedirem mimos,
numa lágrima redonda
que o coração enxuga
nas palavras da desdita,
passos oblíquos
na inquietude calada
de uma alma sem esqueleto
nem ousadia.