Estava assim: a um minuto de mim
Mas olhando de frente era tão longe
Mesa posta em chão rústico
Teimava em encerar esse chão
Para que meus pés pudessem senti-los
de outra maneira
Aquela cor não me cabia
As paredes viviam para encurralar
Pretenciosas do alto do último tijolo
Me espreitavam como se acuando um bicho
Minhas pernas não tinham tamanho
Se moldaram com o pó da tinta
Que descascava da parede
De tanto escala-las se instalaram
pela pele como tatuagem
Mas não nego
fizeram companhia as lágrimas, aos espinhos
Que desencravei na unha
Unha a unha mudei as regras
Essas que teimavam em se repetir
Maas não teve calo, ferida, dor doída
Que esfolace o brio do peito
Do alto do vaso
Minhas raízes foram lapidando caminhos
E deixando a vida seguir
Com saudades desavergonhadas
De mais paredes sem tinta
Só nos joelhos...
Devo confessar que sou o contrário, meus passos seguem em contrário.
Sou uma pessoa inquieta, vou onde meu vento me leva. Artista Plástica e escritora, as vezes sem saber se pintoraqueescreve ou escritoraquepinta...
Procuro por algo, mas a intenção n...