Vaga o astro no tumor intacto
Porque tu não viestes a tempo de contemplar
A dádiva maior de todo sentido inexistente,
A dúvida sagrada de amor penitente em vasto túmulo.
Eu implorei por alguma ajuda,estuprei a sanidade do pulcro intento,
Apodrecendo todos os dias sozinho ninguém escutou aquele canto amargo,
Eu engulo o sol e vomito o esperma divinal,acídulo vazio,
Sou o aborto vivo e a masturbação aidética intemerata.
A cálida ferida.
Um estrela canta e embala o sono,
Eterno e quieto sem sonhos o sublime descanso,
Eu vejo a noite consumir o mito fraterno tecido a plangente palavras,
O arquétipo decomposto.
Vaga o astro agora na órbita cancerosa,
Degenerado na poça de urina e sangue o secretor desaba,
A mão que acaricia o rijo membro infantil
É a mesma que decepa o delírio do infante morto.
Vaga o astro no apodrecimento completo
Partilha minha dor,apenas ele é sincero,
Tu não viestes a tempo de contemplar
O quebranto da lívida chama vital.
O brilho desaparecido
Inerte na lágrima da criança em febre,
Túmulo em abóbada e lascivo vitral,
A voz calada da inocência.