Fico a imaginar-te em outros corpos
Pensando ser cicio teu n’outras falas
E por mais que seja os amores mortos
Teimo em pensar que és tu quem narras.
Assi, me perco, me encontro, absorto
A imaginar-te, tentando ao ser trazer
O meu amor a ti que em ti se faz morto
Pois te é olvidado, lhe apraz esquecer
Em flagelado estado, fico-te imaginando
Tudo que hoje não sou, mas tendo-a seria
E triste me é a sina, a vida em ti sonhando
Nada mais presta, nada nessa vida queria
Pois vida eu sei, seria apenas te amando
Mas tal dor me é facto, Tu já não o amaria.
"Morremos gestantes da ansiedade que nada espera."