Havia palavras que eu não percebia, tentava ler na minha cabeça mas nem imaginava qualquer espectro, qualquer contorno. O som saía com uma melodia de arrepiar, lágrimas secas desfaziam-se em pó num chão de tábuas corroídas.
As luzes formavam nuvens de arco-íris, alí estava o dito espectro, a dita narrativa.
E enquanto vagueava naquele beco, a escuridão apoderava-se da luz, as palavaras voltavam num eco profundo, sentia como se me fizesse uma ovação, por tudo o que não percebe em mim.
Tudo o que pinto sem qualquer cor, tudo o que escrevo sem qualquer sentido, tudo o que vejo sem corpo, só a Alma se destaca, só a alma se salva.
quanto a isso, continuo sem perceber...
MF