A canora aflição de um confronto lacrimejante
Esboça trêmula a despedida do frêmito em selvagem orgasmo.
Apodrece junto a chance não oferecida,confusa e jovem,
Estamos mortos e todo amor não salva a mentira de outrora.
Assumo a culpa e deixo o tumor expandir-se além
Do enleio de divinal martírio lascivo,
Ao toldar o romance o sangue que irrompe sagrado
Da pele macia esboça uma tentativa imersa em fracasso.
Por todos os beijos resguardo a eternidade insólita da verdade
Na tarde cindida em cinza lápide.
Convergindo pela áurea canção em nosso abraço
Permanece aquele primeiro encanto.
Não admito prosseguir com a farsa de quem vegeta e sorri
Sem a paixão inebriante que redime o pranto.
Desejei apenas ficar ao seu lado,
Uma lembrança que acaricia o final,
Sublime quietude noturna da incandescente coroa de espinhos
A moldura insone do cadáver.
O enleio embrutecido pela dor consumindo aquela esperança frágil de teus olhos
Fechados com o despertar de um rito de amantes,
Cerrados para entenebrecer furtivo desespero,
Perece com a carícia lívida da melancolia
Saudade,afeto e decompostos anelos.