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Porque são as horas tão frias
quando a noite desce
e me encontro só na cama?
Porque se apaga a chama
no desespero que acontece
pela ausência que não querias?
São pedaços rasgados,
vividos,
roubados,
sofridos...
dum amor intemporal
em entrega corporal
que a vida não viveu...
E já não sou só eu...
Na eterna lembrança
do encontro de passagem,
a denúncia da esperança
de a qualquer momento
ouvir teu chamamento
e poder partir em viagem.
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"A ausência só é efectiva quando a presença nos é, ou foi, indiferente" (Ajota)