Quando por sobre o teu peito
Dou repouso ao meu inquieto
No teu flanco, os dedos meto
Perco o rumo, ao erro certo...
Quando em tua boca, entreaberta
Dou-te um beijo sem paciência
No teu gosto que me enceta
Faz-me homem sem dolência.
Quando, sussurras no meu foz
Faz-me homem, ao desejo vil
Da razão bendita, um ser algoz
Quando o fazes, lhe quero o sumo
E logo o faço-te, ao ser regaço
Dar-se o gozo, perco o prumo.
Antônio Logrado