És a adorada Joana
Incutida de carícias
Paixões riquíssimas
És a diva e a profana
De Lencastre, és a Filipa
Caridosa Milanesa
Bela dama inglesa
No meu jardim, uma tulipa
És a regente, a Salomé
Entrego o corpo ao rei Herodes
Para ti, componho belas odes
És as pirâmides de Gizé
Da Rússia, és imperatriz
Mulher de César enamorada
Que se mostra ao povo na alvorada
Beata Santa, Beatriz
És dócil, terna e amena
És quem evoca a sensação
O delírio em ter-te a tesão
És a adorada, a Filomena
E a tua suave mão ilícita
Que me enche da ansiedade
Que me acaricia a mocidade
És a plebeia e a Patrícia
És tão bela, uma bela Rosa
Que me inspira a escrever
E contigo consigo tecer
Belos versos, bela Prosa
És a venerada Ana
Aquela que da ostentação
Me enche o corpo de paixão
Caridosa e tirana
És a eslava Catarina
Esses teus loiros cabelos
Evocam-me a percorrê-los
Nas tuas recordações de menina
És a Madre Teresa Santa
Caridosa e piedosa
Que ao mundo se mostrou honrosa
A ternura por ti é tanta
És a Fátima e a Iria
Louvo aos céus por te ter
Louvo aos céus sem perecer
És a Mulher que Deus teria
Lá no fundo és a Florbela
A que me abraça na madrugada
A amiga-companheira, a desejada
És a Flor, a Cinderela
João Pimentel Ferreira
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Domine, scribens me libero
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João Filipe Pimentel