Olhos negros, cabelos lisos e que mão linda
O seu primeiro nome, é Ana,
E eu sou um coração que ama
E que sofre, na espera pela sua vinda
Mas há tanto que eu não sei, que desconheço ainda
Sorriso lindo! No Indostão: É Brama
Pois denoto-lhe uma alma puritana
E eu um pobre poeta que sem ela, finda
Os seus pais também escolheram Sofia
E a linhagem é a de Carmo
Quem me suporta a melancolia?
Eu convalesço, eu sofro, eu ardo
Apenas anseio pelo radioso dia
Em que a beije, de D Juan encarno
Quem, é que resiste a angelical sorriso?
Lábios prazerosos ao beijar!
e a minh’alma limita-se àmar
uma Deusa. Meu coração diviso!
Mas que mal fiz eu? Sinto o corpo liso
Sem vontade para andar
Nem sequer quero sonhar
Que fazer à vida? Estou Indeciso
Estava de verde, naquele jantar
Olhei-a pela primeira vez
Maravilhei-me com o seu olhar
E com o esplêndido sorriso que fez
Açucena e imaculada, sabe a’mar
É o exemplo clássico da candidez!
João Pimentel Ferreira
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Domine, scribens me libero
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João Filipe Pimentel