Sonetos : 

««Labaredas cintilantes««

 
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Tuas mãos ensaiam uma dança desconcertada
Desnudando todo o meu corpo embriagado
Percorrem minha entranhas mais sagradas
Conduzes-me por um caminho de tudo ou nada

Nessas mãos deposito minha alma enlouquecida
De mulher criança, dormindo ao relento, coberta pla lua
Num breve instante perco-me da minha vida doída
No sabor da tua boca que me chama tua

Por entre labaredas cintilantes, escancaro o olhar
Os raios de sol precipitam-se pela janela
Acariciam-me os cabelos, fazendo-me despertar

Acabei de pintar a mais bonita aguarela
Que repousa nas paredes de uma galeria invulgar
Esperando que o sol a enlace, e não mais se afaste dela

Antónia Ruivo


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 01/03/2009 00:48  Atualizado: 01/03/2009 00:48
Membro de honra
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Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11255
 Re: ««Labaredas cintilantes««
Acabas-te de escrever mais um sublime soneto, parabéns

Beijos


Enviado por Tópico
adelaidemonteiro
Publicado: 01/03/2009 01:36  Atualizado: 01/03/2009 01:36
Colaborador
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Mensagens: 733
 Re: ««Labaredas cintilantes««
Antónia, estou a adorar esta tua faceta de cantar o amor.
Beijo
Adelaide


Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 01/03/2009 11:54  Atualizado: 01/03/2009 11:54
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3408
 Re: ««Labaredas cintilantes«« p/ alentejana
A tua escrita, para além dos atributos que já tinha, ganhou agora mais um, o da sensualidade.

Beijo