Você está apenas sendo um rio
navegando de vagar sem prestar atenção
um rio de si mesmo sem direção sem eira nem beira
um tudo sobre si sob um tanto de coisas
relevante irrelevante
você é um rio
suas lágrimas podem ser transformadas em sangue
ou em suspiros repletos de satisfação
Glória! Que glória...
bem de baixo do meu nariz
na manga que cai do pé
no canto do sabiá
no pouso da borboleta
nas ondas além do mar
nos pólens da violeta
Jaz aqui um sonho manso
ou um belo de um ponta pé?
Bem na bola cheia de sonhos
nos pés de vento
nos cabelos longos
nas peles mansas
no cheiro macio
o canto da sereia
o bico do beija flor
o suor da tarde inteira
Escorregador de umbigo
berço de fazer carinho
travesseiro de rostinho
Deus do céu que fez esta Terra
que beleza! que maravilha!
Olha quanto dia lindo tem meu povo!
Que alegria!
Otimista até no azedo do seu poço abarrotado de dados pessoais
no reinado amargo da sua ingratidão obsoleta...
choro com a mãe Terra mas balanço-te no colo como ela
e levo no sorriso o cheiro da sua flor
a cor da sua terra
molhadinha igual meu amor
quando tremo toda a perna e estalo o dedo de paixão!
Meu dengo rio a rio das águas salgadas ao sertão.
O verde lhe salta a vista da eterna gratidão
e nada mais além de um rio.
No seu eterno fluir ao seu belíssimo evaporar
como luz rodar no céu
misturar na cor do ar
se transformar na imensidão...
Eu gosto é da vida
e do infinito das coisas além de um lugar.
Gosto do infinito que tira o fôlego que dá até medo de pensar.
Daqueles que desmancha meu teto, que consome meu ar...
gosto do infinito que me tira o chão
que não tem pai nem mãe
irmã nem irmão
gosto do infinito que me mostra a aventurança do viver
o prazer de esquecer o que se passou a minutos atrás
como uma página nova a cada segundo
um novo renascimento a cada suspiro
que de infinito em infinito modela suas mudanças
em seus tropeços por suas andanças
seus beijos no chão
seus gritos ao léu
seu medo do não
a aventura do sim
os dias por vir
num livro sem fim...
E agora?
passamos como vivos?
Passamos como loucos?
Eu vocês e nós?
Num derrame de desilusão a fora?
Na busca da felicidade plena?
Ou na exausta ilusão amarga?
Seremos o que agora?
Farinha do mesmo saco?
Ou milhares de sacos cheios da mesma farinha daquelas das melhores?
Nossa alegria pelo prazer do bem absoluto?
Divindades perfeitas e ocultas de nós mesmos explodindo pelos nossos ouvidos e narinas serenando até cantos de buzina?
Estou pedindo demais implorando alegria geral...
mas quero acreditar estar sendo demais crendo da paz
e implorando para que você creia comigo
e juntos podemos ser felizes para sempre
com direito a todos os sorrisos e suspiros de alegria pela satisfação de estar vivo
Prazer...
Sou Bruno Prata
Eternamente feliz por estar somando com voces aqui no site Luso Poemas!
Gratidao pelo espaço
por mais este veiculo!
Esta ferramenta de informaçao!
Bruno Prata