Uma nova Inquisição, entre os próprios
poetas, se levanta.
Ficando bem explícito, que os cobiçosos,
não toleram, aqueles, que, por seu trabalho,
dom e dedicação, venham a ser lidos, quiçá,
mais do que eles, conhecedores das regras,
de poesia.
Pura e simplesmente, porque lhes falta,
sentimento, visão, fantasia, pensamento,
e, acima de tudo,
de uma genuína inspiração.
Para que ninguém, possa, até naturalmente,
vir a pensar, que tudo isto, são só lamentos,
de alguém, julgando-se perseguido,
a modos de esclarecimento, para com aqueles,
que honra me trazem, ao ler meus textos,
mais lhes afirmo, dizendo-lhes, que, a Inquisição
(esse monstro), caiu sobre mim:
excluindo-me de sítios, com respostas vergonhosas,
ou, deixando, de me ler, do oitenta para o oito.
Nada sou e a nada aspiro, do que ser eu mesmo,
em tudo que faça, para agrado, de meus amigos
e leitores.
Deslizam estrelas, para lá de minha janela. Corre
o rio, para onde a vontade lhe leva. E a natureza,
manifesta-se, a cada gesto nosso.
O passado, como aprendizado, deu-me o presente,
para que o possa viver, de forma espontânea,
embora reflectindo, a cada passo meu, o que, no
futuro, melhor possa, vir a realizar.
Quem diz que tem, tem nada.
Quem diz que dá, é escravo, de si.
E passa a vida a olhar para trás, com desgosto,
de si próprio.
Jorge Humberto
26/02/09