Há uma estrada onde caminho sozinho
Me leva a todos os lados sempre risonho:
Na realidade, essa estrada, só existe em sonho
Sei-o bem, pois sei, é lá que caminho…
Redijo as demais desventuradas venturas
Num livro negro, mas sempre desalinho
Por tão sentido, escrever branduras,
Tempos esguios de nulo carinho….
E nele oculto os meus lamentos:
Sigo, quieto a minha estrada sorrindo
Livro cerrado, em abertos sentimentos.
No meu sonho, falseio não sentir desgosto,
Crio nuvens e chuva, que vão cobrindo
Os traços de lágrimas demarcadas no rosto!
Paulo Alves