Percorro os silêncios
em madrugadas de luz
em poeiras incandescentes.
No delírio roxo
das papoilas albas da Primavera.
Percorro-me na angústia e na agonia.
Hidrofobia das águas
repassadas de todas as estrepitosas noras.
Desfolho-me em ventos,
pétalas desalentadas de rubras rosas.
Num sucedâneo esférico e
concêntrico
em que o crime e o castigo
acasalam
no angélico postigo
de um portal de ave canora
com asas de fogo e lava.
Percorro-me inteira.
Percorro-te na voz primeira
de um timbre reconhecido.
Encontramo-nos no Infinito,
no tacto, no toque, no instinto.
Cerzidos
elevamo-nos por fim, ao tecto do grito!
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