Eu me sento distraída,
tudo está em silêncio,
mas ainda há o vento para eu escutar.
Meu corpo parece mutilado ou vazio,
mas ainda consigo sentir os meus membros presos a mim.
Eu pareço perdida,
invadiram o meu corpo,
cadê a minha vida?
Está fora das minhas mãos.
O martírio que atormenta,
minha alma não sossegou,
a marca que despreza o tempo que a marcou
e o tudo nos liberta,
mas cai fora das minhas mãos.
Eu tropeço num deserto sem o sol,
apareço desnuda no amanhecer do dia.
Uma noite conturbada,
meu corpo se resume ao som das ondas
ao se chocarem com seus pés.
- / 11 / 07
Amanda