Porque todos juntos, seremos
muitos, contra o focinho da
palavra, que nos explora, com
suas dúcteis directrizes,
impostas por novos autocratas,
que não se deixam ver, fora de
seus luxuosos escritórios, onde
apenas vegetam, e, no lugar de
mãos, criaram cotos, pela força,
de sua prática incestuosa,
testemunha de uma repugnante
hereditariedade, à qual fizeram
voto de silêncio, seres híbridos,
nascidos in vítreo, criaram uma
nova raça, que havemos de vencer.
Quais clones, no cimo, de suas
torres de marfim, ditam a nova
escravidão e impõe a inquisição,
mantendo o povo sereno e
controlado, por meio dum rude
jugo, a que eles chamam de Mãe.
Mas, como disse, todos juntos,
seremos muitos, e, por cada um,
de nós, que venha a cair, nesta
luta desigual, outro se levantará,
e outro e outro, até mostrarmos,
a nossa força e idealismo.
Pois o fascismo não mais vencerá,
destruídos, pela raiz,
os autómatos, déspotas de uma
nova raça ariana, que vai vingando,
por esse mundo afora, mas a quem,
seus tentáculos, cortaremos,
contorcendo-se então pelo chão,
numa última agonia, sem sangue
e completamente repelentes.
Jorge Humberto
22/02/09