Depressão transparente mas leve,
se o mundo é calor eu encontro-me na neve,
a razão não encontro mas pretendo encontra-la,
vozes que me tocam mas nehuma delas fala.
Excepções que se encontram juntas da personagem,
desconfio que a razão se encontra na viagem,
será mesmo a viagem? Ou será o passageiro?
será aquele que é amigo?, mas ou o intresseiro?
No concrecto o sintético é invisivel
quando o abstracto é bem mais acessível.
O intrevalo surge á espera do novo início
já não há união e a união faz o vício.
Olhos nos olhos, num discurso bem suave,
queres abrir a porta mas não encontras a chave,
o medo é imenso, o estado é intenso,
palavras que se juntam e não fazem nenhum senso.
Fala a resposta que encosta a proeza
a beleza da vida já não é uma certeza,
já não sei se isto é uma atitude bem humana,
porque as promessas surgem de semana a semana.
O que é isto que eu vejo? O que é isto que eu sinto?
Imagino quadros que eu não tenho e que não pinto
O que vou dizer agora só o vou dizer uma vez,
tudo o que digo e escrevo é de profunda lúcidez!
Custa-me tanto passar tempos quando eu sou o culpado,
o sangue é inocente e é bem sacrificado,
a angústia puxa a verdade no momento errado,
e aquela festa mental já não está no mesmo estado.
Momentos foleiros são momentos frontais,
tipo teres de encarar os teus pais com sinais,
de inocência...mas inocência verdadeira,
aquela inocência que de mental é inteira,
mas de física tem muito pouco,
ouves o que digo e vais achar-me mais um louco,
mas leis são fortes demais para quebrá-las facilmente
e a verdade que entregas é transparente.
Se és de muitas quebras, se és de papel também,
quando toca á verdade...não falha ninguém
e ainda bem que o destino quis que assim fosse,
e como se costuma a dizer...era bom mas acabou-se!
Achas falso ser verdadeiro?
Achas-me um pesado quando eu sou um ligeiro?
O dia inteiro, a vida toda prometo-te
e tudo aquilo que tu fazes eu percebo-te,
pelas desilusões, pelas tuas ambições
num mundo em que não havia confusões,
há situações em que eu não estou aí de vontade,
mas eu hei de viver sempre com a verdade!
Não me interessa o que pareço, interessa-me o que sou,
nem me interessa como ou quem me avaliou,
procurando o ego, sem uma mapa e sem guia,
para o conseguires tens que ter a mente vazia.
Cria o abstracto sem tremor,
sem perconceitos e sem um receptor,
expressando o que sinto é como me safo,
é mais do que uma escrita, é um desabafo
pessoal,a um nível identificável,
original, muito mais do que razoável,
tantas questões, tantas verdades para resolver,
lutar por lutar, viver por viver.
Tenho escrita na veia porque é o que me rodeia,
sangue infinito tipo na praia...os grãos de areia.
Como é que isto se cria? Como é que se origina?
Não acredito em videntes porque não se lê a sina,
podes chamar-lhe de estranho mas não de baboseira,
apenas não quero que tu percebas isto á primeira,
chama-lhe sensato e eu não refilo,
não esperes a mudança porque este é o meu estilo!
A Poesia nao é de quem a escreve, mas sim de quem a usa" - Pablo Neruda