Manhã tardia que chegas com pequenos raios de luz,
fria com fria da dor de uma insónia mal dormida,
manhã dolorosa que tantas recordações me trazes,
tão dura realidade é de manha que ela chega,
Deitado no trono de quem reina sem poder,
único local quente em que me sinto eu mesmo,
dor da dor infecta a minha sanidade,
a loucura chega e doi pela madrugada,
É hora de por fim a tormentos de horas,
encarar a luz de lábios curvos,
e olhar para as nuvens sem medo da manhã de amanhã,
Essa luz se vai e volta o frio e o orvalho,
que com ele traz recordações, dores e lágrimas,
Sem nada a temer reino no meu trono de manhãs forçadas.
DanielCampos
Alípio Pinto