Nada mais vai avantajar,
os músculos presos estão.
Não consigo parar,
preso pela solidão.
Virão eles até mim?
Com as suas presas arrancar,
o que resta por chorar.
Nada mais direi para que fujam,
Não gritarei para que venham,
até mim.
Preso por me libertar,
nos seus olhos vou olhar,
Poderei alguma vez acreditar?
Todas as faltas que cometi,
apagadas,
agora que me despeço de ti.
Não passa de mais uma cena de um filme,
o gelo insípido envolve os pulmões.
O pulsar do meu sangue,
espera pela fusão perfeita.
No final, o pecado da carne,
não será uma figuração.
De joelhos me encontro,
muito mais,
que uma simples lamentação.
Deixar tudo para trás,
servirá de lição?
Venham até mim,
sintam o meu sangue,
que agora vosso é.
Nada mais temo que este vazio,
a indiferença da qual me fiz vivo.
Morrer sem nada sentir,
haverá algo melhor,
para tudo destruir?