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Pau de marmeleiro

 
Boa noite!
Olhem bem para mim!
Desmaiam? Mudam de cor?
Tremem assim de pavor ao ver este pau de marmeleiro?
Pois eu quero saber e já, quem foi dizer ao papá
A história do açucareiro!
Eu? Comer o açúcar todo?
Mentira! Vil mentira!
Sinto crescer esta ira
Que me torna furibundo
E hei-de matar o patife
Que me acusa sem fé nem lei
Pois que eu afinal deixei
Mais de três colheres no fundo!!!

Cobardes, ninguém se acusa?
Vai trabalhar a bengala
Vou despejar esta sala
Pôr tudo daqui para fora!
Não... não quero sarilhos
Que eu tenho mulher e filhos
E por isso vou-me embora...



Este texto era-me recitado por uma tia avó quando era pequenina; nunca esqueci, mas nem sei quem é o autor ou se está completo.
Alguém sabe?
Obrigada.

 
Autor
RoqueSilveira
 
Texto
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Enviado por Tópico
jaber
Publicado: 18/02/2009 16:20  Atualizado: 18/02/2009 16:20
Membro de honra
Usuário desde: 24/07/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 2780
 Re: Pau de marmeleiro
pois...e devia-te ser recitado qd assaltavas o açucareiro, tou mesmo a ver, e tantas vezes que até decoraste, gulosa!

Beijo Conceição


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/02/2009 18:01  Atualizado: 18/02/2009 18:01
 Re: Pau de marmeleiro
que bom que nossas lembranças nos faz reviver o passado. gostei do texto. bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/04/2018 11:38  Atualizado: 10/04/2018 11:38
 Re: Pau de marmeleiro
e a continuação:
Cobardes, ninguém se acusa?
Vai trabalhar a bengala
Vou despejar esta sala
Pôr tudo daqui para fora!
Não... não quero sarilhos
Que eu tenho mulher e filhos
E por isso vou-me embora...


Enviado por Tópico
Carlos Ricardo
Publicado: 11/04/2018 23:11  Atualizado: 11/04/2018 23:11
Colaborador
Usuário desde: 28/12/2007
Localidade: Penafiel
Mensagens: 1801
 Re: Pau de marmeleiro
Não preciso pensar muito para constatar que este texto, quem quer que seja o autor, ou os autores, é um texto extraordinário, que merece atenção e exegese, pela possibilidade de problemas, questões e alusões implícitas, ou simplesmente figuradas, sugeridas...
Um dos problemas e constrangimentos humanos é a necessidade (mais do que limitação) que revelamos, quando nos expressamos, de dizermos as coisas, ou em modo de eufemismos, ou figurativamente, ou alegoricamente, ou metaforicamente, como se não houvesse (há?) um modo direto de dizer aquilo que queremos.