O coração, no peito detém-se prostrado!
Açoitado por palavras, como afiada lança
Que desenraíza de mim até a esperança
Tornando a fé, num sentir desalinhado
Anseio amor, e vejo-me assim inebriado
Pelo sonho, mas sonhar também cansa,
Enevoada chega, e é amarga já a lembrança
Do dia em que me senti feliz acordado!
Tudo o que foste em mim, me faz falta!
Memoria presa à graça do teu corpo, da tua fronte.
Fatal sedução, que constantemente me exalta
Vozear ecos de mudez aguda na cumplicidade
Volta, com anelos alçaremos uma ponte,
Ao encurtar a distancia, mataremos a saudade!
Paulo Alves