Hoje não sou moça, quiçá donzela,
Sou eterna, sou a que vai, mas também
A que ficou, como Carolina, lembra?
Na janela...
A banda passava o tempo também.
Um silencio doía nos espaços...
Silenciaram-nos!
Hoje o dia raiou sem pedir licença,
E com minha gente do subúrbio,
Apenas conto nos dedos o gado perdido.
Sou uma estrela vagabunda e vadia,
Que brilha espelhada nas poças das ruas.
A que brinca de pique, tá?
E a que vence no cabo de guerra.
Sou eterna, pois assim decidi.
Sem zero oitocentos!

(Marisa Rosa)


Falar de mim? O quê?
Sou tempestade em copo d'água... Besta feito uma égua que não se curva e não se dobra, mas, se tu me cobra, eu digo: Sou chuvarada de verão, deserto quanto sertão e ainda ando só, sozinho... Remoendo as mágoas que ninguém ouve e...

 
Autor
Marisa Rosa
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 17/02/2009 23:20  Atualizado: 17/02/2009 23:20
 Re: 0800...
se guerreira; tens a lança. se fera; com as garras defende-se... mulher de objetivos. até o poema é sem 0800.

aplauso.

um beijo e fraterno abraço poetisa.
Silveira

Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 18/02/2009 00:28  Atualizado: 18/02/2009 00:28
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: 0800...
Uma verdadeira maravilha este poema que aqui li ainda agorinha!

Parabéns