Hoje não sou moça, quiçá donzela,
Sou eterna, sou a que vai, mas também
A que ficou, como Carolina, lembra?
Na janela...
A banda passava o tempo também.
Um silencio doía nos espaços...
Silenciaram-nos!
Hoje o dia raiou sem pedir licença,
E com minha gente do subúrbio,
Apenas conto nos dedos o gado perdido.
Sou uma estrela vagabunda e vadia,
Que brilha espelhada nas poças das ruas.
A que brinca de pique, tá?
E a que vence no cabo de guerra.
Sou eterna, pois assim decidi.
Sem zero oitocentos!
(Marisa Rosa)
Falar de mim? O quê?
Sou tempestade em copo d'água... Besta feito uma égua que não se curva e não se dobra, mas, se tu me cobra, eu digo: Sou chuvarada de verão, deserto quanto sertão e ainda ando só, sozinho... Remoendo as mágoas que ninguém ouve e...