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a parede

 
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antes
como de costume
era preciso fundamentar o medo
enquanto me olhavam
era preciso comunicar
sobre a consequência e entendimento
para alem do distúrbio cansado
antes
como de costume
era preciso sacrificar o absurdo
sacrificar o surreal
em troca da preocupação do palpável
tudo era apoiado
pelos ideais extravagantes dos loucos
e o abandono do pensamento
era apenas um capricho congelado
pelo sr estranho e sr ingrato
antes
como de costume
era a sombra a culpa da hostilidade
para aceitação de uma nova luz
e a presunção
de uma expressão disfarçada
era na verdade
uma tendência exagerada
de uma outra influencia
antes
como de costume
era a comparação
uma descrição dos que me observavam
depois
era o dom da palavra de espelho
e o apetite voraz entre o
concilio dos homens
antes
como de costume
era o ruído a força
a dominação da cólera
e o espontâneo
não era mais do que
um gesto de silencio e aproximação
esculpido por um olhar condescendente
antes
como de costume
só o sossego da noite
agora
contemplativamente
fecundo a parede



Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.

 
Autor
Caopoeta
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