No silêncio dos seus dedos... Não se ouviam passos, nem se afligiam medos. Quis algo tão simples, tão forte, tão certo. Estava tão cheia de mim que me sentia egoísta.
Estendi a mão vazia que a mim recordava de passeios pelo mar, beijos sumidos e noites de luar,
e imaginava a sua voz no meu ouvido, a minha cabeça estendida no seu ombro, e o seu sorriso algures escondido...
Ele estava imóvel no lugar certo, sentia-o ainda longe mas estava demasiado perto...
Enlacemos as mãos e calemos murmúrios.Não te prometo o Mundo, dou-te o meu sorriso sublime, o brilho do meu olhar, o toque suave da minha mão, os lábios que te fazem sonhar.
Meu amor, quando a dor da lembrança me atingir, que não me arda, não me fira e não me mova dos beijos e carícias que não trocamos nem demos. Apreciemos o momento, pois a memória não tarda. Um destino perpétuo de enfermidade e tristeza me aguarda.
Não quero ficar sem a minha vida, nem viver sem a minha alma!