Poemas -> Amor : 

Para ti doce Flor

 
Tags:  Flor Amor  
 
 
Dócil Flor
És quem me adoça a alma
O meu espírito, na palma
Da tua alva mão
Flor do Sol radiante
Flor do Homem, ser pensante
Flor do meu coração

Flor do Mundo
Flor do desejo e delírio
Que rejeita o martírio
Da crua solidão
Bela Flor
Flor da virilidade
Minha Flor de tenra idade
Flor da minha paixão

Vejo-te a face
Contemplo o azul do mar
No teu corpo o luar
De um bosque verdejante
Dócil Flor
Minha Flor adorada
Minha amada, desejada
És a minha terna amante

Flor do campo
Observo-te a face e os traços
Damos as mãos e os laços
de uma bela união
Flor do Cosmos
Dos mares quentes e mornos
Bela Flor de João

Loiros cabelos
Corpos estendidos no campo
Observar o teu encanto
De um belo alvo Amor
Minha doce mulher
Minha deusa do Universo
Sentir este ego imerso
Da mais pura doce Flor

Sou livre
Sou Mouro, sou Judeu
Sou homem indo-europeu
És a minha orquídea da China
Sou budista
Sou Poeta, sou cristão
Venero a Tora, o Alcorão
És a minha doce menina

Louvo o três
Louvo as pirâmides de Gizé
Louvo as estruturas de pé
És a minha Flor campestre
Louvo a Deus
Louvo-te o corpo e os peitos
Somos os dois mais eleitos
És a minha Flor do Leste

Sou Português
Sou Brasileiro, sou Espanhol
Sou Russo, sou Mongol
És a mulher Universal
Sou das Américas
Do Equador, sou Mexicano
Sou índio Americano
Dos mares do Norte, és o Sal

Sou de Gales
Sou dos trópicos, sou Japonês
Sou iniciado Escocês
És a minha doce Flor
Sou do Árctico
Sou cavaleiro Islandês
Sou nobre Português
Nutro por ti, terno Amor

Sou Germano
Sou pianista Austríaco
Sou um belo ser idílico
És a mais pura candura
Sou da China
Sou Dinamarquês, sou Mouro
Sou negro, moreno e louro
No teu corpo a formosura.

Sou Cingalês
Na Argentina, Canadiano
Em Timor, Australiano
És quem me adoça a boca
Sou do Báltico
Nos trópicos sou hiper-bóreo
No Árctico, um beijo flóreo
Dois corpos na noite louca

Sou Polaco
Sou homem douto da Hungria
Sou a terra quente e fria
Sou eu que te desejo
Em Barcelona, Madrileno
Sou o Danúbio no Meno
És as águas cândidas do Tejo

Sou da Europa
Sou filósofo Alemão
Sou Inglês, sou Mação
És a Flor de jasmim
Em Meca sou Muçulmano
Venero Ala, meu amo
És a Flor do meu jardim

Venho de África
Em Estocolmo, sou Ruandês
No Bótnia, vejo o Suez
O teu corpo no meu jardim
Em Roma, sou Romeno
No Douro, vejo o Reno
Dir-te-ei sempre que sim

Sou homem-livre
No Congo, sou Francês
Venero o dois e o três
És a minha dócil luxúria
Em Oslo, Jamaicano
Em Helsínquia, sou puritano
És quem me renega a penúria

Sou profano
Venero a estrela de David
Sou hebreu, sou Nazi
És o meu doce pecado
Adorei a suástica
A doutrina eclesiástica
Sou o teu namorado

Sou Pacífico
Em Tóquio sou de Quioto
Sou um samurai louco
És a minha dócil gueixa
Americano
No Paquistão, sou hindu
Contemplo-te o corpo nu
És a amante que não se queixa

Sou do Laos
No Brasil, sou Vietnamita
No Cáucaso, sou Semita
És a mais bela linda Flor
És o Cosmos
Sou as estrelas e os planetas
Sou os astros e os cometas
És o meu grande Amor

Sou mulato
Sou Guineense na Gronelândia
Sou Lapão, na Mauritânia
És a minha índia da selva
Adoro-te
No Vaticano, sou pecador
Sou missionário, sou doutor
Dois corpos estendidos na relva

Sou Checo
Em Paris, sou Londrino
Beijo-te, abraço e rimo
Em honra ao teu semblante
Sou Eslovaco
Na Alemanha, sou Polaco
Por ti corro, rasgo e mato
És a minha louca amante

Serenidade
És a minha grande amiga
És bonita, és bem linda
És a calma e a harmonia
Estou tranquilo
Em menino observei-te
Hoje mesmo toquei-te
És a Filosofia


João Pimentel Ferreira

______________________________

Domine, scribens me libero

____

João Pimentel Ferreira
 
Autor
jlpf
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1461
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.