Quando sinto os olhos a ressumar
Logo me vem à mente um sonho perdido
Vai-me crescendo o desejo de ainda te amar
Minhas endorfinas tecem meu sexto sentido
Labirintos dos quais neles me perco
As teias que no meu ego se emaranham
Vão me desconcentrando, sinto que arrefeço
Busco a força dos Deuses que me acompanham
Um sopro de vida na cálida noite
Faz ressurgir na escuridão uma luz
Cerro meus olhos, ouço do vento o açoite
É força obscura ou estrela que reluz?
Escrevo versos que me fazem recordar
Acabo esmagada nas doces lembranças
O impossível me impediu de contigo ficar
A falta do teu amor facultou minhas andanças
Diná Fernandes