Escrevo em movimento
Escrevo o que vai na mente
Escrevo com a mão dormente
O que me vai no pensamento
Escrevo com puro contentamento
Escrevo aquilo que é premente
Aquilo que arde, que é ardente
Que traz dor, isolamento
Escrevo com audaz primazia
Os escritos do sofrimento
Escrevo o que traz alegria
O que estimula e traz tormento
E não escrevo aquilo que queria
Amar-te assim no firmamento
João Pimentel Ferreira
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Domine, scribens me libero
Confesso que farei os esforços máximos para nunca deixar de escrever, por muito que os pedreiros-livres o tentem, por muito que me reordenem o cérebro com os seus intuitos maléficos, por muito que a minha percepção de teclado universal se adultere, por muito que a minha celeridade táctil digital e em formato papel se altere e se deteriore, farei sempre um esforço dantesco para nunca cessar a obra literária no domínio cibernético e tradicional... Nunca deixarei de escrever... pelo menos tentarei...