A velha consciência é como a noite - um manto de escuridão, salpicado por breves ímpetos de claridade. A velha consciência é pequena e limitada, é a visão do "eu" contra o "outro". É o "para mim", o "porque sim", o "tem de ser assim". É a consciência das gerações passadas, embora também presente nas actuais e nem todos anteriormente a incorporassem. É um lago estagnado atraindo insectos, afogado em lodo, vendo as estações do ano passar. É a visão da terra, focada no material e no concreto, no medo e na incerteza. A velha consciência é presente e passado. Rasteja pela vida, enfurece-se com a morte, lutando contra a própria mudança.
A nova consciência é o nascer do dia, uma claridade total e omnipresente, mostrando tudo o que outrora vivia escondido. É o revelar do segredo, do mito, do sonho. A nova consciência é grandiosa e para além de todos os limites; é a visão penetrante que vê para além do "eu" e do "outro", que nasce da profunda sabedoria da união universal e vê conclusivamente que não existe "eu" ou "outro". É cósmica, aconchegante e inclusiva. É a consciência das novas gerações, embora também presente nas anteriores e nem todos a possuam hoje. É o rio que flui suave e silencioso, abandonando-se serenamente no oceano sem fim. É a visão do céu, focada na experiência interior do ser; é subtil, mas ergue-se alicerçada no mais firme amor e na mais indestrutível certeza. A nova consciência é presente e futuro. Voa pela vida, transcende a morte, abraçando todas as transformações.
Não precisas de responder às tuas questões. Precisas é de questionar as tuas respostas.