Poemas :
10.º de um ciclo Bocageano
Escuto, por Lisboa, Liberdade,
Mas não, a voz do Pina ergueu a tumba
Onde a vida se encerra na penumbra
Que cala a voz que diz Fraternidade;
Que canta a voz que clama a Igualdade.
Ah!, Paris que em Lisboa se vislumbra
Numa rosa a florir na catacumba
(Rosa a flor dos poetas sem idade).
E larga-se a mordaça no Nicola,
No Botequim das Parras, no Agulheiro,
Onde os ventos de França se partilham.
E o Mosca, que das sombras não descola,
Bem sabe ser ao Pina o que primeiro
Vai dar os versos que entre grades brilham.
Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
www.xavierzarco.blogspot.com
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.