As luzes do meu quarto apagaram-se,
A luz não me permite, faz-me vazia.
Pelo menos as trevas não me deixam sozinha,
Não me sinto só enquanto não há luz…
Aquele vazio que por vezes me preenche,
Sou eu que o crio, sou eu que o aumento,
São as minhas lágrimas que tentam apagar
Todas aquelas coisas que não consigo fazer,
Tudo aquilo que ao que a incompetência chega,
Grandes são as minhas incompetências,
O que poderia eu fazer para mudar…
Nada… Nada de nada…
Estas lágrimas que me dizem quem sou,
Quem eu quero ser e nunca serei.
Poderia eu mudar? Fui eu que exagerei…
As trevas que me acompanham dia-a-dia,
Aquelas que agora se sentam ao meu lado, dizendo,
Sempre dizendo que sou assim, na escuridão
Dos dias em que a minha alma se apaga,
Ou tenta apagar as memórias, os momentos.
Por mais escuro que esteja enxugo minhas lágrimas,
Aquelas que teimam em brotar…
E tudo isto por amar… Apenas por amar…
As trevas que me dão a escuridão,
Que tentam me fazer chorar,
Não fazem mais efeito,
Não conseguem destruir-me em nada de jeito,
Aqui estou eu, sendo iluminada…
E tudo isto por tanto amar,
As trevas fogem de mim,
Tudo isto por ser amada.