São raridades da natureza, que, vez outra,
nos dão jóias magníficas, para nosso
encanto, deixando-nos sublimados, ante
o invulgar, que foge ao comum,
habituados a ver, e, a conviver, diariamente,
com tudo aquilo, que não passa do quotidiano.
Serve esta minha introdução, para falar de teus
olhos, olhos da cor do mel, que, a ninguém,
deixa indiferente, tal a sua beleza, que nos
enfeitiça, constantemente, sempre que, com
eles, nos cruzamos, meio que timidamente,
temendo ferir sua rara beldade e invulgaridade.
Chego a pensar, em toda a minha vã inocência,
que quem te deu tais olhos, desde logo reparou,
que não serias uma mulher qualquer, pois, a
esses teus olhos melífluos, deu-te uma perfeição
impar, formosura sem igual, a que lhe juntou uma
índole única, fazendo de ti, alguém por todos amada.
Toda tu nasceste para ser e dar vida aos demais,
sempre com uma humildade e uma palavra de
afecto e compreensão, que deixa qualquer um,
que te ouve, muito mais senhor de si e pronto para
a vida, presente e futura, pois as tuas palavras são
fruto criado, num certo pomar, só de ti conhecido.
Caminhando com destreza e certeza, nada escapa
aos teus sentidos, e, vendo, uma criança brincando,
a sós com sua solidão, aproximando-te, junto dela,
sentas tua pessoa, fazendo-a rir, dizendo-lhe que
se junte a seus amigos, que a esperam para brincar,
mais ao fundo da rua, com toda a espécie de jogos.
De repente, latindo de felicidade, apercebendo-se
do som de tua voz, sai de casa e corre directamente
para os teus braços, a tua muito querida Branquinha,
não contendo, seu pequenino coração, fazendo-te
festas atrás de festas, ao que é correspondida por ti,
deixando a cadelinha e tua própria, totalmente felizes.
Jorge Humberto
14/02/09