São ratos, ratões e são ratazanas
Os engravatados polidores de capital
Embebidos num altivo nevoeiro ideal
Pisam e repisam as almas humanas
São Biltres, velhacas e são profanas
Estas imitações andantes do surreal
Pensam que são uma quimera fatal
Ou um molde de gente de sãs ganas
Pelintras esfomeados, famintos e sôfregos
Por polir a dedos pequenos metais valiosos
De os pôr nuns pecúlios ignóbeis e Lôbregos
Vendem-se como altivos e fracos orgulhosos
Bonecos movidos à força do bago dos labregos
São vigias das portas do Mefistófeles pavorosos…
António Plácido
Eternamente Luís Camões /António Plácido