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OPULENTOS E ESTADISTAS

 
São ratos, ratões e são ratazanas
Os engravatados polidores de capital
Embebidos num altivo nevoeiro ideal
Pisam e repisam as almas humanas

São Biltres, velhacas e são profanas
Estas imitações andantes do surreal
Pensam que são uma quimera fatal
Ou um molde de gente de sãs ganas

Pelintras esfomeados, famintos e sôfregos
Por polir a dedos pequenos metais valiosos
De os pôr nuns pecúlios ignóbeis e Lôbregos

Vendem-se como altivos e fracos orgulhosos
Bonecos movidos à força do bago dos labregos
São vigias das portas do Mefistófeles pavorosos…






António Plácido


Eternamente Luís Camões /António Plácido

 
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camões
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Enviado por Tópico
sisnando
Publicado: 16/03/2009 21:28  Atualizado: 16/03/2009 21:28
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Usuário desde: 21/10/2008
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Mensagens: 1114
 Re: OPULENTOS E ESTADISTAS
Bem montado o teu poema.
A primeira estrofe tem a alma, inteligente!
Abraço

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/07/2009 15:13  Atualizado: 13/07/2009 15:13
 Re: OPULENTOS E ESTADISTAS
Isso me lembra (não me vem a cabeça o porque!!!!)alguns... homens encastelados na camara e no senado lá dos altos da nossa querida Brasilia do nosso não menos querido Brasil varonil. Abraços