O AMOR
(Davys Sousa, Teresina-PI, 11 de Fevereiro de 2009)
Benigno fruto humano é este Estado de graça,
Tal espada de vívido ardor a penetrar
A alma com estridente e coruscante pulsar
Do sangue... ardendo nesta cálida rosa:
A alma, pois o Amor vem da alma.
Este reconhecer em outra metade,
Metade divisa de um outro ser
Que completa, inteiramente, a outro ser.
Ah, o Amor...
Este sentimento que nos deixa,
Às vezes, abobalhados
Como crianças divertindo-se
Em meio de toda uma agitação
Em seu Mundo, sorrindo inocentemente.
Todos nós nos sentimos flutuando
Sobre nuvens espessas no ar...
O Amor, semblante impaciente de mais e mais amar
Que na alma traz uma calma,
Mas que de tanto amar devora-se n’ alma.
Estes homens! Estas mulheres que suspiram
E tremem na alma, no coração que gela
Como um Paraíso de noites regozijantes
Tornando-se quase maduro,
Quase perfeito, quase intacto antes
Amar, mesmo, sem esperanças...
Sem se cansar, pois o Amor é vida.
Davys Sousa
(Caine)