As paredes do hospício vão enegrecidas!
A lobotomia que me roubou a alma,
Levou-me a vontade de viver, a vida,
Segue morta entre tantos fantasmas!
O eletrochoque! O metrazol! A convulsão forçada!
Não extinguiu, em mim, o desejo de vê-la!
E mesmo com as lembranças roubadas,
Ainda sofro muito por querê-la!
O ciciar da nênia! A clausura da maldita cela!
Escarnece de mim, quem diria,
Que um dia ecoou: É ela!...É ela!...É ela!
Esperei vê-la!...Eu!...Tão grande anseio!
Tinha tanta certeza que você viria!
Não veio...
(® tanatus – 26/10/06)