Sentado nos meus delírios
enrolo os vazios e as ânsias
numa mortalha de mim,
opiada até à medula,
singrando no ventre dos olhos
mansamente,
as orlas do meu quebranto.
Não sei o destino,
qual cor qual mágoa,
o sufoco ou perversão d'alma.
Embalde albarroei miragens,
preditas no decote arrojado
dos enganos em que me vi,
... enquanto fumo as venturas
espojado no caminho,
penso, em jorros de silêncio
e os anos soçobram em sonhos
pelas metades do seu desvario.