Homem meigo e divertido
Com um olhar de ternura
No campo semeando o trigo
Vivia a sua aventura
Era alegre á sua maneira
Ao pé de si havia alegria
Pondo o trigo numa peneira
Fazia-nos rir como só ele sabia
Tinha o vicio de fumar
Fumava cigarros aos molhos
Ao serão disse-me a brincar
Queres ver fumo sair dos olhos
Com inocencia o seu olhar fixei
Fumo pelos olhos não deitou
Com a mão o seu peito apertei
Fumando o cigarro me queimou
A sua matreirice eu herdei
Alegria de viver tambem
Homem que sempre admirei
Amava muito a minha Mãe
Homem meigo de sorriso belo
Com ele poucos anos vivi
Meu Pai conhecido por o Camélo
Ainda hoje vive dentro de mim
a beleza é supérflua,
a verdadeira, os olhos não a vêm!