Trepei pelo tronco da árvore da vida, cada vez mais alto, para os loucos nem o céu é o limite. Ultrapassei as histórias disformes e traiçoeiras do passado, sacudi o pó da verdade que já me fazia alergia na pele. Parei para descansar um só momento... sentei-me num ramo, balancei-o enquanto observava a selva que me envolvia... segui, às costas trazia o que sou, as mãos suadas pelo calor da alma, os pés feridos, os olhos enlagrimados.
Os pássaros esvoaçavam em meu redor, penas de todas as cores, lindos como só eu sei, atrás de si deixavam um pózinho aveludado, tranquilizante.
O meu cabelo esvoaçava com a brisa...
Subi, subi, subi, tinha fome, tinha medo, tinha tudo e não tinha nada, só esta constante e verdadeira subida aos cumes da minha alma, na árvore da minha vida!
. façam de conta que eu não estive cá .